28 janeiro 2010

Eu quero!


Para quem leu meu útimo post sabe que estou procurando um lugar pra morar (loucamente). Mas vejam só, que foi fuçando nos "blogs alheios da vida" que encontrei o lugar perfeito! Hahaha, quero muito morar nessa casa móvel!


Olha que genial! Ela se chama  Blob V3 e possui uma cozinha, banheiro, cama, eletricidade e muitos espaços para colocar as minhas bugigangas dentro.


  


Olha se não é ideal! Perfeita! Solução dos meus problemas! Compacta, charmosa, prática e ainda é móvel!

A porta abre pra cima e ainda tem várias janelas (dá pra virar pro sol e tudo). Adorei! Só falta descobrir onde comprar! =)

"Pedalando" na França

Pra quem está pensando que intercâmbio na França é só foto bonita e comida gostosa eu já vou avisando; está bem enganado! É que entre um crêpe de nutela e outro de frutas silvestres tem muito, muito perrengue! Nesse momento eu to "pedalando" horrores pra conseguir encontrar um apartamento pra me mudar. Estou pesquisando loucamente, já fui visitar milhões de lugares (to conhecendo a cidade como ninguém hehe), já deu certo e depois deu muito errado, e já começo a pensar nessas coisas; "vai que é um sinal". Não sei! Continuarei minha busca!
Aí, pra ver se espanto o mau humor, apresento à vocês uns dos meus filmes franceses preferidos, "As bicicletas de Belleville"(Les Triplettes de Belleville).



É a história de Champion, um menino solitário que só sente alegria quando está em cima de uma bicicleta (pedalando literalmente). Percebendo isso, sua avó, Madame Souza, começa a incentivar seu treinamento, para fazê-lo um verdadeiro campeão do Tour de France. Porém, durante a disputa, Champion é sequestrado. Sua avó e seu cachorro Bruno partem numa aventura em sua busca, indo parar em uma megalópole chamada Belleville. É uma animação muito da graciosa!
E pra quem tá tendo que "pedalar" muito, como eu, que seja com muita graça e bom humor então! =)
Ah, e esses são alguns sites pra procurar imóveis na França, caso tenham interesse:
Appartager 
Pap.fr
Vivastreet
Abritel.fr
Francia.com

Um Beijo.

24 janeiro 2010

Fjord do Mediterrâneo


      Calanques de Marseille
Muita gente diz que Marseille não é  um bom lugar pra se fazer turismo na França. É, com certeza existem outras cidades mais espetaculosas, mais medievais, mais belas ou mais paradisíacas.Mas Marseille tem boas atrações sim, e muitas delas não estão em guias(o que é uma pena porque dificulta um pouco as informações).
Mas tudo bem, desde que cheguei aqui essa tem sido minha busca; encontrar lugares que valem a pena e que por alguma razão não são muito comentados por ai. Essa semana eu descobri os "Calanques", ou "Fjrds Mediterrâneos". Pra quem não sabe, Calanques são vales profundos com lados escarpados, parcialemte submergido pelo mar Mediterrâneo. Entendeu? Se não, olhem a foto ai de baixo.

Quem quer conhecer, tem que fazer uma caminhada pelas montanhas até chegar alí no "meinho", onde encontram-se pequenas prainhas de água azul turquesa. A caminhada começa em um pequeno parque de Marseille, perto da faculdade Euromed.
     
Calanques- caminho
Existem diversos caminhos para chegar até as praias; uns mais fáceis, outros nem tanto. Todos são sinalizados com mensagens sugestivas, "caminho direto" vulgo difícil e "caminho longo", mais fácil. Não sei porque, mas escolhi os difíceis (qualquer semelhança com a vida real talvez não seja mera casualidade). De qualquer forma, é tranquilo, dá pra encarar e em 2 horas de caminhada você chega lá. Quem não leva jeito para exercícios pode alugar um barco, comprar um vinho e aproveitar o passeio.Outra coisa que chama muita atenção é o silêncio do vale, dá pra ouvir a própria respiração.

 
           E vale muito, muito a pena. A água das pequenas prainhas que se formam é azul turquesa, limpinha, limpinha. Agora é inverno, então nem sonho em colocar o dedinho, mas no verão da pra nadar, tomar sol e ainda pular do alto dos penhascos(é sério!). A melhor época pra conhecer é entre o mês de março e junho, quando as temperaturas ainda não estão muito altas e não há perigo de incêndio nas montanhas.
   
Eu, com meu traje "natação nem sonhando"
Não tenho dúvidas de que voltarei aqui quando der uma esquentadinha, mas faça frio ou faça sol, o lugar é fantástico. As fotos ficam até sem graça diante da beleza real. Como disse meu amigo que me acompanhou, "na foto agente não consegue perceber a giganteza do lugar", e é mesmo!
 
E é muito importante voltar umas duas horas antes do anoitecer, já que ainda tem toda a caminhada de volta. E para a alegria de poucos é só subida!Bom, fica a dica então.Esse é um daqueles lugares que você "lava a alma" e não se arrepende nem um segundo. Quem quiser mais informações, entre no site: http://www.calanques13.com

Um Beijo!!



21 janeiro 2010

Turning mistakes into gold

Primeiro Dia de Aula!


Primeiro dia de aula aqui na França e eu volto a ser criança. Acordo três vezes durante a madrugada achando que já perdi a hora, sinto dor de estômago e antes do despertador tocar já estou prontíssima! Tudo preparado? Bolsa, computador, caderno, caneta? Sim! Então lá vou eu! Sala C068. Hum, então existem vários prédios e o meu é o "C", até ai fácil. Ando, ando, viro à direita, viro à esquerda, direita outra vez, e outra...e ai já tanto faz o lado que eu viro, estou perdida! Paro pra pedir informação; "S´íl vous plaît, où est la salle C068?" Merci!. Dez minutos depois chego, atrasada, ao meu destino. Não me sinto nem um pouco envergonhada, me perdi e pronto.
E pobre de mim que estava me sentindo perdida antes de entrar na sala, mal sabia o que me aguardava. É que aula em francês exige uma concentração tremenda de quem ainda não compreende 100% o idioma. Qualquer tropeço numa palavra desconhecida pode ser o começo do fim. Sendo assim, começo a pensar em algumas táticas para maximizar a minha compreensão:

A- Ir procurando no meu belo dicionário as palavras que eu não entendo.
B- Me concentrar no contexto, e dane-se os detalhes.
C- Começar a desenhar e esperar por solução do divino.
É, essas eram minhas opções. Alternativa A não, porque eu perderia a tal da "linha de raciocínio" facilmente. Alternativa C não também, porque apesar de gostar muito de desenhar eu não acredito muito nas soluções divinas( e mesmo assim elas levam algum tempo pra acontecer). Então que fosse a B mesmo! Aí foi dada a largada. Presto atenção, vai, vai, vai só mais um pouquinho, isso, to entendendo, é, faz sentido, hum...Paris no fim de semana seria genial...ih perdi! Volto, volto, rápido, sim, isso mesmo, to entendo outra vez, maravilha...classe inteira rindo e eu continuo séria, perdi a piada! Sem problemas, continua, concentração, olho no olho, pensamento restrito na matéria...e assim eu vou durante 3 longas horas.
Bom, fim de aula e eu sinto um imenso alívio, agora passou e não foi assim tão ruim. Mas eis que quando o professor resolve se despedir eu tenho a minha grande surpresa do dia;" Au revoir et bienvenue au cour de Comptabilité Creative!" (Até logo e bem vindos ao curso de contabilidade criativa). O que? Curso de Contabilidade? Mas não era "Responsabilité Sociale"? Ah não! Que ótimo, depois de todo esse esforço percebo que estava na sala errada o tempo todo. Resolvo rir, pra não chorar! Mas não tem nada não, na próxima eu acerto!

PS: É, diferente das aulas que eu tinha na FEA-USP, as daqui tem duração de 3 horas e acontecem apenas uma vez por semana. No Brasil elas duravam 1 hora e 40 minutos, e a maioria eram dadas 2 vezes por semana. As longas 3 horas daqui são normalmente divididas em apresentação de artigos por grupos de alunos, discussão geral sobre o que foi apresentado, pequeno intervalo e aula com o professor da matéria.
Bom, primeiro dia não foi tãão bom assim, mas a tendencia é melhorar :)

19 janeiro 2010

Bon Appétit!


 
Você já se perguntou "como foi que eu vivi tanto tempo sem isso?". Eu já, e só faz 4 dias.  Meu mais novo vício francês se chama Crêpe-[kʀɛp], pronuncia-se "crép" (raspando o R delicadamente). Nasceu no norte da França e é considerado um prato típico daqui.
E posso dizer, é simplesmente uma delícia poder comê-lo quando se tem vontade, e aqui você não precisa nem andar um quarteirão pra encontrá-lo, ele está em todas as "boulangerie", cafés e restaurantes. É só escolher o recheio e aproveitar.

E na tentativa de dividir com vocês esse saborzinho feliz, vou passar a receita tradicional do Crêpe francês, que um amigo daqui me ensinou. Note que a receita é para 1quilo, então, se você não pretende alimentar um batalhão é sou dividí-la, ou então faça tudo, coma tudo ou congele.


Ingredientes:

- 1kg de farinha
- 10 ovos
- 200g de açúcar
- 1 colher de sopa de baunilha
- 1,5 litros de leite
- Raspas de laranja



Modo de Preparo

Em primeiro lugar você deve misturar todos os ingredientes em um recipiente grande. Misture bem, muito bem, até não sobrar nenhum pelotinho, bolotinha, pedacinho...nada! Deixe descansar por 20 minutos.





Depois disso, unte e aqueça uma frigideira e frite petit a petit (de pouquinho em pouquinho). Unte toda vez que for fritar. Note que a massa deve ficar bem fininha, e não massuda. Na hora de fritar o mais difícil é dar  "looping" na massa (pra fritar o outro lado), mas isso não é impedimento!



Pronto, ai é só rechear com o que quiser ( nutela, geléia, chocolate, brigadeiro, doce de leite, morango...qualquer coisa). Só alegria! Ah, e quer irritar um francês? É só chamar crêpe de panqueca...Crêpe NÃO é panqueca! Bon Appétit!



Delicado


powerlinerflyers from wes johnson on Vimeo.

Muito Amelie. Muito sutíl. Muito francês.

Comidinhas



Sabado passado tivemos uma pequena festa temática aqui no alojamento em que estou morando (lotado de estrangeiros, lembram?). E adivinhem só qual foi o tema? Para a minha grande felicidade e total alegria , o tema era "Comidas típicas do seu país". Muito prazeroso, heim?
Eu, brasileira que sou, pensei logo na feijoada e nessas coisas que todo mundo conhece como típico do nosso país (arroz, feijão, bife e ovo?). Mas tentei fugir do trivial, até porque eu não sei e nem queria fazer um caldeirão de comida (e olha que eu nem tenho panela ainda). Depois pensei na famosa caipirinha, mas acabei optando pelo bom e velho brigadeiro (Receita da Zezé do livro da minha mãe e que eu sei fazer muito bem). Brigadeiro não tem jeito de errar e de não agradar. É chocolate, é doce e se enjoar é só não pegar mais um. Enfim, fez sucesso!
Tinha comida de vários países; Nachos do México, Torta de Maçã da Alemanha, Tortilhas argentinas, Tabule do Líbano, Frango ao Curry da Índia (apimentaaaado), Panquecas de Batata da Polônia etc, etc. E para representar os franceses? Diversos Canapés, Queijos dos mais variados tipos, cheiros e fungos, vinho, muito vinho e o meu mais novo vicio, O Crêpe, mas esse vai ganhar lugar especial aqui logo logo.
É claro que eu tive que experimentar de tudo um pouco e depois eleger os melhores pra poder repetir. Tive vários preferidos(sempre acho muito difícil escolher só um..hehe), mas enfim, os melhores na minha opinião foram o crêpe, as comidas mexicanas (mas essa eu ja tenho uma queda desde outras viagens) e o tabule( acho que é uma queda desde outras vidas). Tudo muito gostoso  e saboroso!
Pra falar bem a verdade o mais interessante mesmo foi participar da "hora na cozinha", quando todo mundo estava preparando os pratos. E o que deu pra perceber é que não havia quase nenhum ingrediente exdrúxulo ou que eu nunca tivesse visto antes. A grande diferença desses "pratos tradicionais" está nos pequenos detalhes, nos temperos, no modo de preparo ou no de servir.  Muitos deles até utilizavam os mesmos ingredientes, mas no final das transformações, saiam completamente distintos.  É, ai fiquei pensando sobre isso,e acho que também somos um pouco assim. No fundo é todo mundo feito dos mesmos ingredientes, mas o que diferencia são os detalhes sutís, os nossos modos de preparos, nossos temperos e jeito de nos apresentarmos para o mundo!  Não sei, não sei...só sei que é muito bom experimentar de tudo um pouco!!










17 janeiro 2010

Cineminha (literalmente)




Domingo de chuva e frio num país ainda estranho é perfeito pra duas coisas; ficar mofando e enlouquecendo no quarto ou sair e inventar alguma coisa por ai. Escolhi a segunda alternativa.
E na vontade de me familiarizar um pouco com a cidade, sai para andar bem sem rumo. E foi virando numa pequena rua que acabei descobrindo um cinema bem "aconchegante", pequenino, simpático  e todo decorado estilo "Moulin Rouge". Resolvi entrar, lógico, e escolhi aleatoriamente o filme Le Dernier vol.  O que me preocupava não era o filme em si, e sim a porcentagem que eu entenderia do seu conteúdo (francês e sem legendas). E pra minha surpresa esse índice foi até que alto, digamos que uns 68,8% eu "peguei bem", o resto eu deduzi e inventei. Valeu a pena.
Já deu pra perceber que o Cinema aqui na França é bem "bairrista". Todos os filmes estrangeiros (americanos, brasileiros, espanhóis, turcos, africanos...) são sempre dublados para o francês. Conversei com muita gente daqui  e a maioria diz não conhecer a verdadeira voz dos atores estrangeiros.
Dessa vez dei sorte na minha escolha, mas vou começar a prestar mais ateção e assistir filmes franceses, ou seja, sem dublagem (sem paciência pra dublagens).
Ah, e eu aprendi a fazer uma receita de Crêpe, mas isso é notíca pra mandar depois :)
Au revoir!

Entrando no clima

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16 janeiro 2010

Primeiras Notícias!



Finalmente cheguei! Depois de tanta papelada, burocracia, vistos, imprevistos, aeroportos, cheguei à cidade mais antiga da França, Marseille. Cheguei dia 7-01-10 e vim de “mala e cuia” pra viver um ano por aqui e estudar na Euromed. Como foi que eu vim parar aqui? Simples! Como sou estudante de administração de empresas na FEA- Ribeirão Preto. Me inscrevi no processo seletivo para estudar em uma  das faculdades estrangeira que tem convênio com a USP. E ai, depois de  muitos e muitos etcs eu cheguei! 
Por enquanto estou hospedada em um alojamento próximo a faculdade, Alotra, onde a maioria dos estudantes estrangeiros se hospeda durante o semestre. Já da pra deduzir que as áreas comuns (cozinha principalmente) ficam sempre lotadas de gente de muitas e muitas   partes do mundo. Hora de jantar é uma grande mistura de temperos, comidas e pratos típicos de várias regiões do mundo. E a língua mais falada daqui é o inglês, óbvio! Alias, pra quem pretende aprender francês (como eu) deve procurar outros lugares pra viver. 
Bom, quanto ao meu quarto, ele tem um tamanho regular (mais pra pequeno), suficiente para mim e minhas poucas tralhas. Tem uma cama, uma escrivaninha, uma mesinha e uma geladeira (completamente azia por sinal). E tem um banheiro também, que estreou a lista das bizarrices francesas; ele é minúsculo, e tem uma porta semi-cilindrica giratória (180 graus), que de um lado vira um armário, e do outro lado, do outro nada. Pra tomar banho a porta deve estar completamente fechada, com a parte redonda para fora. Achei tão complexo que não consigo explicar em palavras, então vejam as fotos.   





  É isso, a minha aventura começa no inverno europeu, que ganha um toque gelado dos famosos ventos fortes de Marseille, os Mistrais  . E foi passando frio que eu aprendi minha primeirissima lição aqui;  ouça sua mãe quando ela te mandar pegar o casaco, as vezes pode ser tarde demais :).   Por enquanto essa são as últimas notícias da Maíra, até logo.